ENTREVISTAS







1. O nutricionista é cada vez mais procurado nos dias de hoje. Qual pensa ser a razão dessa crescente procura?


F.M.- É notória a crescente preocupação com a saúde e há uma maior consciência dos efeitos que a alimentação pode ter na nossa saúde.


2. O objetivo dessa procura é emagrecer ou já existe uma preocupação coma saúde e em seguir uma alimentação mais saudável?


F.M.- A grande maioria ainda procura o nutricionista com o objectivo de perder peso mas, já há igualmente um número crescente de pessoas que quer saber o que fazer para melhorar determinadas patologias como a diabetes, o colesterol elevado, a hipertensão, entre outras. E há até quem, não tendo peso a mais, nem nenhum tipo de doença, procura informações mais exatas no sentido de saber se está a alimentar-se corretamente.


3. Quem procura mais as consultas de nutrição? São sobretudo mulheres ou também homens?


F.M.- Até há bem pouco tempo eram, sem dúvida, as mulheres a preocupar-se mais com a imagem, a saúde e a alimentação mas, de há uns anos a esta parte, a situação mudou e os homens já procuram quase tanto a ajuda de um profissional da nutrição como as mulheres.


4. Qual pensa ser a(s) causa(s) para estes erros? Poderá ser a falta de informação ou existe ainda uma grande resistência à mudança de hábitos?


F.M.-Acredito que a falta de informação dos malefícios do consumo frequente destes alimentos que afetam gravemente a saúde, a curto mas, especialmente, a médio longo prazo, seja a grande razão para que muitos jovens e muitos pais não se preocupem com esta situação. 

A mudança dos hábitos alimentares é sem dúvida um processo demorado e que exige bom senso: pequenas alterações progressivas são mais eficazes do que mudanças muito radicais. E as mudanças devem envolver todo o agregado familiar, caso contrário será mais difícil para todos.

5. Pensa que fatores psicológicos tão comuns nas sociedades mais desenvolvidas, como o stress, a pressão no trabalho e na escola, a depressão entre outros, podem conduzir a uma predisposição para a obesidade e distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia?


F.M.- As características da sociedade atual não facilitam, de forma alguma, estilos de vida saudáveis como sejam a alimentação e a atividade física regular. Por outro lado, parece que nos é exigida uma boa aparência e elegância permanentes, sem lugar para uma diferenciação natural. Os distúrbios alimentares, assim como a obesidade, são multi-fatoriais e, por isso, é difícil apurar “culpados”: existem vários responsáveis a contribuir para tal.

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